Um dia, cruzei-me com um par de olhos castanhos muito especial. Perdi-me naquele momento em que os encontrei. E apesar de não fazer ideia a quem pertenciam, tive a certeza que os adoraria voltar a ver. Não acreditei que isso fosse possível. Mas a verdade é que voltaram a surgir no meu caminho. À mesma hora. No mesmo sítio. Caiu-me tudo! Talvez por não estar à espera. Ou simplesmente pela intensidade que carregavam. Não consigo explicar o que senti ou o que pensei. Apenas me lembro de aproveitar aqueles 30segundos, em que se espera pelo metro, para poder devorar o olhar da rapariga que me tinha roubado a atenção. Decorei cada traço do seu corpo. Morena. Pernas longas. Cabelo queimado do sol. Lábios pintados de rosa claro. E um vestido de ganga que lhe ficava a matar. Todos os homens a olhavam com desejo, mas ela simplesmente ignorava cada um deles. Até a mim. Mas por qualquer razão eu senti ainda mais vontade de desvendar o seu nome. Cheguei a inventar-lhe um, só para poder falar aos meus amigos. Chamei-lhe de Yana. Por qualquer motivo achava que ela não seria portuguesa, arrisquei até que pudesse ser romena ou polaca. O que eu queria mesmo é que algum deles me pudesse dizer que a conhecia. Eu estava faminto de encontrar algo sobre ela. Mas não tinha por onde pegar. Nem sabia tão pouco se iria voltar a vê-la. Sentia-me impotente, mas ao mesmo tempo esperançoso. Algo me dizia que aquela “menina do metro” poderia ter aparecido na minha vida por algum motivo. Sou um romântico! Adoro caminhos difíceis. E o que senti ali, não me deixava sequer pensar que teria sido apenas uma cena do dia-a-dia. O que fiz, foi acordar todos os dias mais cedo e voltar àquele sítio, que embora fosse contrário ao meu destino, era onde eu tinha a hipótese de a poder ver de novo. E vi. Uma vez. Outra vez. E outra.. Vê-la era a melhor parte do meu dia, nem que fosse por breves instantes. Não percebia o que se passava comigo. Mas aquela rapariga era quem fazia o meu dia. Eu só gostava de saber se ela se tinha apercebido da minha existência. Ou se alguma vez tinha olhado para mim. Eu sentia-me nervoso só de passar perto dela. E um dia.. bem, ela sentou-se ao meu lado e começou a pintar os lábios. Eu deixei de respirar ali mesmo. Tinha vontade de olhar para ela, mas nem isso era capaz de fazer. Fuck! Aquilo deixou-me louco. E  pior de tudo é que depois disso, durante uma semana, eu não pude cruzar-me com ela. Vivia com aquela imagem na minha cabeça e só esperava que na semana seguinte ela fosse lá estar. No mesmo sítio. Na mesma hora. Uma vez mais. Mas não! Apanhei um balde de água fria. Desisti até! Pensei que nunca mais a fosse ver. Felizmente, na outra semana, lá estava ela. E curiosamente, aquando a minha chegada, olhou para mim e deixou escapar um sorriso envergonhado, do tipo “estás aqui”. Acho que naquele momento me senti o gajo mais feliz do mundo. Até podia estar a imaginar coisas a mais, mas caga.. ela sorriu para mim, eu tinha a certeza. E desde aquele dia, eu senti que o meu coração não estava mais sozinho. Só precisava saber o nome dela…
É o sol? Ou a lua? Amei, quero saber o resto.. tudinho :D
ResponderEliminarCaí de paraquedas. Estou amando, quero voce pra mim
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